Condomínio pode proibir aluguel por Airbnb?

Nos últimos anos, o aluguel de imóveis por meio de plataformas como o Airbnb se tornou uma prática comum em todo o Brasil. Porém, essa modalidade de locação tem gerado dúvidas e discussões dentro dos condomínios.
Afinal, o condomínio pode proibir o aluguel por temporada? A prática é legal? Quais são os limites e responsabilidades do síndico?
Neste artigo, a MultServis, especialista em administração condominial em Belo Horizonte, explica o que diz a legislação e como o condomínio pode agir diante dessa situação.
O que é o aluguel por Airbnb?
O Airbnb e plataformas similares funcionam como serviços digitais de intermediação, permitindo que proprietários anunciem imóveis para locação por curtos períodos — de alguns dias até poucas semanas.
Essa prática se enquadra na chamada locação por temporada, conforme o art. 48 da Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91), que autoriza contratos de até 90 dias sem necessidade de registro em cartório.
A locação por temporada é permitida por lei?
Sim. A locação por temporada é legal e regulamentada pela legislação brasileira. No entanto, quando se trata de apartamentos em condomínios residenciais, o uso contínuo para locações de curtíssima duração pode levantar questões de segurança, rotatividade de pessoas e perturbação da ordem.
Por isso, o debate não gira em torno da legalidade da locação, mas do seu impacto na convivência condominial.
O condomínio pode proibir o uso do imóvel para Airbnb?
Depende. A questão já foi analisada por diversos tribunais e ainda gera interpretações diferentes. Veja os principais entendimentos:
Condomínios residenciais podem restringir a atividade?
Sim — desde que a convenção condominial preveja essa restrição, com base no interesse coletivo e no direito à segurança e sossego dos moradores.
Algumas decisões judiciais já reconheceram a legalidade de proibir o uso de unidades para locações por plataformas digitais, quando isso descaracteriza o uso residencial do prédio.
É preciso aprovação em assembleia?
Sim. Para proibir formalmente esse tipo de aluguel, o condomínio deve aprovar a alteração da convenção em assembleia, com o quórum exigido (geralmente de 2/3 dos condôminos).
E se a convenção não disser nada?
Se a convenção for omissa, o proprietário ainda pode alugar por temporada, respeitando as leis locais e os regulamentos internos sobre circulação, identificação e segurança.
Quais são os riscos do Airbnb em condomínios?
Alguns dos principais problemas enfrentados por condomínios que permitem o uso intenso do Airbnb incluem:
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Alta rotatividade de pessoas desconhecidas
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Aumento de reclamações por barulho
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Dificuldade no controle de acesso e segurança
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Uso indevido das áreas comuns
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Descaracterização da finalidade residencial do imóvel
Como o síndico pode agir nessa situação?
A MultServis recomenda que o síndico adote uma postura equilibrada, legal e preventiva:
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Consulte a convenção condominial e o regulamento interno
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Apresente o tema em assembleia, ouvindo todos os lados
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Informe os condôminos sobre a legislação aplicável
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Proponha regras claras sobre controle de acesso e identificação
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Em caso de impacto negativo, considere propor restrições formais via assembleia
A MultServis apoia a gestão legal e equilibrada do condomínio
Com atuação profissional em administração, portaria, segurança, limpeza e gestão financeira, a MultServis orienta síndicos e conselhos a:
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Avaliar juridicamente os impactos do aluguel por temporada
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Conduzir assembleias de forma técnica e segura
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Registrar alterações de convenção quando necessário
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Criar regras claras para preservar a segurança e o bem-estar de todos
Conclusão
O condomínio pode proibir o aluguel por Airbnb — mas essa decisão exige base legal, aprovação em assembleia e respeito aos direitos individuais e coletivos.
Com apoio da MultServis, síndicos e conselhos garantem uma gestão equilibrada, legal e transparente, sempre pensando na segurança, ordem e valorização do patrimônio coletivo.
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